segunda-feira, abril 16, 2007

"Como escrever bem sem vocabulário" ou "Como comer muito sem talher"

Lembra do lance dos problemas, da dívida por minha parte e dos Smurfs? Então, os dois primeiros eu deixei quieto e o terceiro eu só relembrei. Como (admito) desisti da idéia passada, fico sem muita coisa pra falar aqui. Então, após escrever bastante hoje, continuo minha saga, agora (graças a Deus!) sem caneta tentando ensinar os leiteiros de plantão a entregar o leite. Vamos lá!

Esse título eu acho legal. Esse barato do "ou" dá um ar mais tento-ser-engraçado pro título e é bem a minha cara. Pois bem, o assunto.

Escrever é arte? Não, não é. Escrever é somente uma forma de comunicação, nada mais. Arte, arte mesmo é futebol e baseball. Eu explico o por quê, dois palitos: na escrita você pode errar, improvisar errado e escrever qualquer merda, caralho a quatro e companhia que tá certo, entende? Junta umas palavrinhas aqui, umas acolá e pimba! tá feito o texto. Agora, sempre tem aquele macete pra deixar a coisa mais jeitosa e formosa e fulgosa e vários outros adjetivos com final osa. Let's see 'em!

Passo 1: Palavras difíceis
- Esse é o esquema. Você pode estar escrevendo sobre qualquer coisa, desde Segunda Guerra Mundial até o dia em que você mijou nas calças, mas sempre, sempre e pra todo, sempre, aquela palavra difícil que te faz ficar encafifado por dias tá lá. E não precisa ter vocabulário, não, não precisa. Basta assistir um dia da TV Senado ou ler umas quatro páginas daquele livro que mais parece uma lista telefônica de tanto que as páginas tão amarelas, pegar duas palavras que tá ok.
Passo 2: Ahh, pontuação!
- Minha parte preferida. Cara, como é bom ler uma vírgula mudando o sentido da porra toda, ou ver aquela exclamação indicando uma raiva artificial. Ahh, como é bom. Leia isso com atenção, viaja não, é importante. Antigamente já foi "moda" (porra, tudo é moda) usar reticências, vulgo três pontos. Nada contra, aliás, pelo contrário. É bom deixar um tema em aberto de vez em quando, como daquela vez que você foi contar pra sua namorada que você...
Passo o ponto: O fim
- Por fim, e não menos importante, tem sempre a toque do chef. Aí ó, papel e caneta na mão porque agora o bicho pega. Paga nesse chuchu, fera: a regionalização é um barato fantástico. Tem coisas que um cara que mora, sei lá, 100Km do seu lado escreve e você acaba não entendo bulhufas. Esses empecilhos regionais são o tchan da coisa, saca? Um piá aqui, um uai ali e começou o pega-prá-capá. É uma beleza!

Só como considerações finais, e um parágrafo extra pra deixar o texto maiorzinho, quero ver todo mundo escrevendo do jeito Cuelio e depois falando "Nossa senhor Bola, funciona comigo que nem aquele produto Polishop que eu comprei semana passada!". Pra Carapicuíba todos vocês! ...e sonhem com o Pingu.



Quietdrive - When All That's Left Is You (2006)


Puta cara, sério mesmo, por que eles queriam mudar o nome? É genial!